quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Jovens escritores

No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, os alunos do 8ºA no ano lectivo de 2009/2010 foram desafiados a criar um conto, em grupo, respeitando as indicações que foram dadas acerca das características do Conto. Cada aluno teve oportunidade de pôr em acção a sua criatividade e imaginação. Surgiram assim estes textos que esperamos que sirvam de motivação para outros alunos sentirem vontade de escrever, de criar, de se tornar um pequeno escritor!

Isabel Viegas


MENINOS DE RUA
Diogo (11/11/1982-09/08/2001) era um rapaz de 16 anos e um dia quando tinha acabado de chegar a casa quando começou a notar que algo de estranho se passava. A casa estava em silêncio e ele começou a ter a sensação que se tinha passado alguma coisa. O seu pai não estava em casa! Diogo sempre teve uma infância difícil, os pais passavam a tempo todo a discutir...Por causa dos problemas e o seu pai começou a beber cada vez mais, até ficar alcoólico. Diogo tinha de ver o seu pai a bater na mãe, e se a defendesse arriscava-se a levar também. Como a mãe não aguentava mais, suicidou-se, quando Diogo tinha apenas sete anos, era filho único e viveu, estes nove anos, sozinho em casa com o pai. Apesar da vida com o pai alcoólico não ser fácil, Diogo tentava aproveitar a sua vida e não se deixava influenciar pelo pai e pela morte da sua mãe. De repente, o seu telemóvel começou a tocar, distraído com a situação só atendeu depois de algum tempo.
Era uma chamada do hospital a dizer que o seu pai tinha sido internado, porque teve um acidente de mota, devido ao excesso de álcool.
Diogo, imediatamente, correu para o hospital para ver o estado do seu pai, mesmo sabendo o que lhe fazia, ficou preocupado. Quando chegou, não o deixavam entrar porque o pai estava em coma à beira da morte, logo não podia receber visitas.
Logo lhe disseram para ir para casa de um familiar mais próximo e esperar pela resposta do hospital, Diogo como não tinha nenhum familiar foi para a sua casa sozinho.
Passaram dias e dias, e ele não recebia nenhuma chamada do hospital. Mas, bem ao fim do dia, o telefone toca, Diogo rapidamente corre para junto dele e atende:
   - Boa tarde, aqui fala do hospital D. João.
   - Sim, como está o meu pai? Ele está bem?
   - Lamentamos... (Diogo começa a ficar nervoso) mas o seu pai faleceu há duas horas atrás...
   - O QUÊ?
   - Pedimos desculpas, mas o seu pai não aguentou a operação...
Diogo desliga o telefone, sem dizer mais nada. No dia seguinte, Diogo recebe outro telefonema, da Segurança Social a dizer que ele terá que ir viver para uma casa de acolhimento para crianças órfãs. Ele não quer ir, mas é obrigado, e uns dias depois vêm buscá-lo a casa.
Diogo, mesmo não querendo ir, é obrigado, quando ele chega a casa de acolhimento para crianças órfãos é logo olhado de lado por alguns dos rapazes que lá estavam. Ele andava sempre muito sozinho, sentia-se revoltado, já tinha passado mais de uma semana e ele ainda não tinha feito amigos nenhuns, até que um grupo de rapazes veio ter com ele.
   - Olá, és o Diogo, não és?
   - Sim, porquê?
   - Por nada de especial, gostávamos que te juntasses a nós, queres?
   - Tanto faz...
O Diogo não estava com muita disposição para fazer amigos, ainda por cima, depois de tudo o que já lhe tinha acontecido, mas aceitou o convite daquele grupo de rapazes.
Passado alguns meses, Diogo e os seus amigos decidiram fugir da casa de acolhimento de crianças órfãs, começaram a fazer planos, mas nenhum parecia funcionar… Até que uma noite um dos planos funcionou e ninguém os viu a ir embora. Eles queriam apenas ter a sua liberdade e mostrar que conseguem viver sem serem controlados, e serem independentes, tomarem as suas próprias decisões.
Mas passado algum tempo conheceram pessoas que tinham outro passado e que tinham decidido esquecer os seus problemas com um vício, difícil de deixar, a DROGA. Diogo recusou-se a ser como eles, mas pela influência dos amigos, ele experimentou e começou a tomar cada vez mais, até ficar toxicodependente. A vida de Diogo acabou no dia 09 de Agosto de 2001, quando decidiu suicidar-se (como a sua mãe), porque a sua vida já não fazia sentido, sabendo que como não conseguia largar aquele vício ia acabar por morrer na mesma.

Catarina
David
Jana
Márcia
Rodolfo
(ex) 8ºA


Aqui fica mais um conto criado por duas alunas desta escola: a Anastasya e a Susana, do (ex) 7ºC.


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